Éber Sander
No último domingo (27) a literatura brasileira perdeu Moacyr Scliar. O escritor gaúcho autor de mais de 80 livros teve falência múltipla dos órgãos.
Em sua passagem por Indaiatuba, no ano de 2008, na ocasião da final do 4º Prêmio Literário “Acrisio de Camargo”, estiveram presentes no CIAEI, não mais que 50 pessoas para ouvir os ensinamentos do escritor brasileiro. Foi uma bela noite!
Muitos até questionaram a Secretaria da Cultura e o curador do Prêmio literário na época – no caso eu – sobre quem era Moacyr Scliar. Não sabiam eles a bobagem e estupidez que estavam falando.
Moacyr Scliar foi sem sombra de dúvidas um dos melhores escritores de todos os tempos. Era raro ver alguma noticia sobre o autor.
Com sua morte, Moacyr Scliar virou noticia. Foi capa dos principais jornais e portais da Internet. Quem até então não o conhecia, passou a conhecê-lo.
Ser escritor no Brasil não é fácil. É preciso a morte para virar notícia, para ser capa de jornal. É preciso a morte para ganhar a fama, ser conhecido. Mas não é preciso a morte para ser genial. Moacyr Scliar era um desses. Com sua simplicidade e genialidade ganhou os principais prêmios da literatura nacional. Teve seus livros editados em mais de 10 países.
No dia de seu enterro, o sol não saiu, choveu o dia todo, o céu ficou cinzento. Foi um dia sem graça. Era o dia de adeus ao mestre Moacyr Scliar. Vai fazer falta ao Brasil. Muita falta!
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