quarta-feira, 5 de julho de 2017

Exposição de arte no Iguatemi Campinas retrata construções do passado

Mostra “Série de uma série que não existe mais”, do artista Erlon Tessari,
poderá ser visitada gratuitamente de 12 a 30 de julho
Em comemoração ao aniversário de Campinas, o Iguatemi Campinas recebe de 12 a 30 de julho a exposição de arte “Série de uma série que não existe mais”, assinada pelo artista plástico, arquiteto e urbanista Erlon Tessari. Por meio de 22 obras de acrílico sobre tela, a mostra retrata uma Campinas que não existe mais, com construções antigas e que marcaram a história e o desenvolvimento da cidade e que hoje só são preservadas em algumas poucas fotos em museus.

“Minha intenção foi dar cor a monumentos dos quais as gerações mais jovens só ouviram falar”, explica Tessari, que uniu seu talento artístico com seu conhecimento arquitetônico nesse projeto.
Os quadros reproduzem imóveis da cidade que, por diversos motivos, foram demolidos. Uns para alargamentos de ruas, outros por negligência dos órgãos responsáveis e outros por motivos desconhecidos da maioria.  Igreja do Rosário, Teatro Municipal, Teatro Carlos Gomes, Centro Cultural de Letras e Artes, Estação Sorocabana, Externato São José, Cine República e Hotel Campineiro, entre tantos outros, fazem parte da exposição, que poderá ser visitada gratuitamente na praça de eventos do segundo piso do shopping, em frente ao Suplicy Cafés Especiais, de segunda a sábado das 10h às 22h e aos domingos, das 12h às 22h.
“Estamos muito felizes em poder resgatar um pouco da história da cidade por meio deste trabalho tão bonito, no mês em que Campinas completa 243 anos”, afirma a gerente de marketing do shopping, Renata Albuquerque. 
Ao pintar a série, Erlon Tessari conta que manifesta seu desejo de ter conhecido esses imóveis e, de certa forma, questionar os reais motivos da demolição: desde um teatro municipal com aproximadamente 1.300 lugares, uma grande igreja ou mesmo uma simples casa em uma vila operária. "O valor não está no tamanho ou na função do imóvel, mas sim na relevância histórica para a cidade", afirma o artista.
O trabalho foi desenvolvido por meio de levantamento histórico da cidade de Campinas. Por se tratarem de construções que não existem mais, a pesquisa baseou-se em fotos antigas e, quando possível, de vários ângulos dos imóveis para criar a perspectiva que ele desejava. São obras que têm um caráter de contestação, obviamente, e que registram um conjunto arquitetônico muito bonito que, se tivesse sido preservado, colocaria Campinas no hall das cidades que valorizam sua história e seu passado. "Minhas pesquisas reúnem dezenas de construções que ainda estou pintando", finaliza o artista.

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