Cada vez mais atuantes, elas estão em todas as áreas e ditam tendências até na forma de morar
Durante muito tempo, homens e mulheres desempenharam papéis sociais bem diferentes. Nos últimos anos, no entanto, áreas antes predominantemente masculinas estão sendo ocupadas também por mulheres. Essa nova realidade reflete as mudanças que a sociedade está vivendo. Segundo pesquisa, as mulheres representam 41% da força de trabalho no Brasil e chefiam 35% dos lares. E esses números só aumentam. A maior parte dos postos de trabalho criados no país tem sido ocupada pelo sexo feminino, que é maioria entre os profissionais de nível superior.
O mercado de trabalho atualmente exige requisitos predominantemente encontrados em mulheres, como sensibilidade, percepção aguçada, versatilidade, bom relacionamento interpessoal e afetividade. São características que contribuem para que as organizações alcancem seus objetivos e metas.
Na Congesa, construtora e incorporadora de Indaiatuba (SP), as mulheres representam 74% do total de colaboradores na área administrativa e estão em todas as áreas, desde a engenharia até a segurança. A engenheira civil Viviane Chagas é responsável por duas obras, onde atuam em média 150 trabalhadores do sexo masculino, todos sob sua liderança. “Trabalho há 18 anos nessa área e se antes era difícil ver mulheres no canteiro de obras, hoje essa realidade está mudando”, diz Viviane, que tem a seu lado outras duas colegas, a técnica de edificações Daniela Bizol e a administrativa de obra Simone Graça.
A presença feminina na Congesa vem desde seu início, há 20 anos. A diretora da empresa, Adriana Mazzoni, tem formação em engenharia civil e decidiu-se por essa carreira tendo como espelho seu pai, Alberto Maionchi, que na época tinha uma forte atuação em uma das mais importantes empreiteiras do Brasil.
Embora ainda existam diferenças em relação a salários e cargos de chefia, a tendência é que essa realidade mude com o tempo, na opinião de Adriana Mazzoni. As perspectivas são de que as oportunidades sejam mais igualitárias com o passar dos anos gerando o amadurecimento de toda a sociedade. “Temos de considerar que a mulher chegou ao mercado há poucas décadas”, conclui.
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