Lição 1: Jamais — sob hipótese alguma — molhar o arroz no shoyu. Isso pode destruir o bolinho ou deixar o sushi muito salgado. Os japoneses molham só um pedaço do peixe (ou o que vai sobre o arroz). Devemos deitar o sushi de lado. Um palito encosta no peixe e outro no fundo do sushi. É só rodar um pouquinho a mão e a gente consegue encostar somente o peixe no shoyu.
Lição 2: Não se deve temperar o shoyu com gengibre e raiz forte, como os brasileiros fazem. O gengibre deve ser comido antes do sushi, e de vez em quando durante a refeição, pois serve para limpar a boca e abrir o paladar para novos sabores a experimentar. A raiz forte já foi colocada pelo sushiman durante a preparação, não precisa mais. Já no caso do sashimi o uso da raiz forte ou do gengibre pode ser feito no recipiente do shoyu.
Lição 3: Os sushis tipo “rolinhos” (ex: hossomaki, uramaki, etc) também não devem ser molhados no shoyu. O jeito certo é usar gengibre como um pincel para temperá-los com um pouquinho de molho de soja.
Lição 4: Os peixes gordurosos, como o atum (torô) e salmão, devem ser comidos por último. O sushi mais apreciado pelos japoneses é feito da barriga do atum (torô). É também os mais caros. Não use muito shoyu para apreciar esse tipo de peixe, pois vai perder o nobre paladar do sashimi. Dica: faça apenas uma molhada rápida.
Você não deve sentir-se intimidado por essas regras. O objetivo é aproveitar o sushi, apreciar como os japoneses conseguiram transformar uma simples mistura de arroz e peixe cru em um prato cheio de sabores delicados e sutis. Nos restaurantes de primeira linha no Japão, um pratinho com 20 sushis custa algo em torno de US$ 350, cerca de R$ 700.
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